Quem deseja comemorar o Dia das Mães com o tradicional churrasco gaúcho deve preparar o bolso ou repensar o cardápio para a confraternização em família. A carne bovina ficará mais cara na segunda maior data comemorativa do ano, conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).
“O almoço tradicional aqui em casa é churrasco, ainda mais no meu dia. Agora vamos repensar, pesquisar preços, para que possamos continuar com esse costume”, comenta a dona de casa Rosângela Martins. De acordo com o supermercado Oliveira, haverá um aumento significativo, porém ainda não se sabe de quanto, já que depende muito do preço da concorrência no setor.
Os motivos do aumento seriam a maior procura pelo produto nos supermercados, a diminuição da oferta e a reserva de mercado criada por portaria da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapa), que restabeleceu, no ano passado, a necessidade de um pedido prévio para trazer carne com osso de outras regiões do Brasil, e a necessidade de uma nova inspeção federal na chegada do produto ao local de destino. No Dia das Mães, 70% da costela de gado consumida no Rio Grande do Sul são procedentes de outros estados, como Mato Grosso, no Centro-Oeste do país, mas, para ela chegar até aqui, deve ser inspecionada.
No entanto, apenas os maiores grupos do setor supermercadista gaúcho possuem entrepostos com inspeção federal ou estadual; os grandes prejudicados com a medida são as pequenas e médias empresas, que necessitam de atravessadores para adquirir o produto, fazendo com que o preço suba em até 10%. Já a maminha e a picanha, por exemplo, terão um aumento apenas de 4%, devido à baixa procura.
Apesar desse acréscimo, a Agas projeta um crescimento de 7% nas vendas perto do dia 13 de maio, que deve movimentar todo o comércio gaúcho. Ainda conforme a associação, o problema só não será maior devido à oferta de costela bovina uruguaia, cuja importação pelas menores redes supermercadistas gaúchas cresce a cada ano.
Fonte: Fernanda Escouto / O Alvoradense