O Rio Grande do Sul deve contar com mais 5 mil tornozeleiras eletrônicas até fevereiro, anunciou o secretário de Segurança Airton Michels.
Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), o número de fugas no sistema prisional gaúcho caiu de 13% para 2% nos seis meses em que vigora o monitoramento eletrônico.
“Se no início havia uma desconfiança por parte do Poder Judiciário, ela está se dissipando. O próprio judiciário está percebendo que isso é eficiente e dá certo”, declarou Michels. As novas tornozelerias serão direcionadas a apenados das regiões da Serra e Noroeste.
Os equipamentos serão trocados por modelos mais leves, com maior precisão de localização dos detentos e com uma sinta que avisará quando sair do contato com a pele.
Segundo o balanço, foram registradas 90 fugas desde que as tornozeleiras foram implantadas, representando 30% do total de apenados que utilizam os equipamentos. Dos 50 que seguem foragidos, 20 cometeram delitos.
Sem os equipamentos, no entanto, ocorreram 1,2 mil fugas no primeiro trimestre do ano nos regimes aberto e semiaberto – 223 pessoas foram flagradas cometendo crimes, o equivalente a 13%.
Maria da Penha
A Secretaria de Segurança ainda divulgou nesta segunda-feira um projeto piloto que irá qualificar a patrulha Maria da Penha. Por meio de parceria com uma empresa privada, o Estado vai receber em dezembro 50 aparelhos. Eles vão funcionar como tornozeleiras, mas para monitorar casos de agressão, violência e ameaça contra a mulher.
Os equipamentos, no entanto, ficarão com as vítimas ameaçadas por companheiros. A novidade não trará custo ao governo do Estado e funcionará de maneira experimental.
Fonte: Correio do Povo