Acrescente violência no país tem dentro dos estádios de futebol do Brasil uma parte de sua pior faceta: as torcidas organizadas. Se em São Paulo temos organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios tal qual no Rio de Janeiro, no futebol lidamos com as odiosas torcidas “organizadas”.

Aqui no Rio Grande do Sul não é diferente disto, pois tanto Grêmio quanto Internacional financiam essas organizações desorganizadas e criminosas. Mas algo me deixa ainda mais apavorado, triste e desacreditado com o futuro de nossas crianças, sejam elas futuros atletas ou não.

A falta de segurança Pública é notória, o inadequado investimento é claro e principalmente a insuficiência de policiais nas ruas assusta e da medo, principalmente quando tratamos de esportes amadores, onde a segurança realmente não chega.

Neste domingo (3), o futebol amador do RS perdeu dois atletas – brutalmente assassinados em um torneio de futebol amador em gravataí -, que atuavam no futebol sete Gaúcho, um deles inclusive sendo campeão Sul-Brasileiro de seleções no último dia 28 de março e tendo passagens em clubes profissionais do nosso estado.

Perdemos mais um que virou estatística?Perdemos mais dois que virou apenas “mais um”?
Não!

Perdemos mais um pouquinho do esporte amador, perdemos mais um pouco do futebol de várzea, perdemos mais um pouco de um esporte que historicamente era para retirar meninos e meninas das ruas, do tráfico e do caminho da criminalidade, perdemos mais um pouco da nossa vontade de trabalhar no meio esportivo, perdemos… perdemos e só perdemos.

O nosso País em geral precisa de mais investimento nessa área, precisamos que os governantes atuem com responsabilidade e com um olhar diferente a quem investe no esporte, a quem pratica e também acredita que a partir dali, possamos ter uma sociedade maior, justa, igualitária e com mais segurança.

O debate sobre a Paz no futebol e o fim da violência é muito mais amplo do que se imagina. Precisa-se urgentemente de uma seria reflexão entre todos envolvidos no meio esportivo para uma solução sobre esse mal que nos assombra.

Gostaria de ver os campinhos de bairros lotados, com as familias sentadas, seus filhos correndo em torno e um brilho nos olhos de felicidade na nossa gente, mas o que vimos é muito além disso, o que é trágico e me assusta, pois estamos próximos do fim desses momentos que em outrora, era fundamental para o desenvolvimento esportivo do País.

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