O Festival de Cinema Escolar de Alvorada (FECEA), que em sua 6ª edição recebeu 1.100 filmes do Brasil e exterior, realizou a cerimônia de premiação de forma virtual, no último sábado (28). O FECEA é organizado pelo Projeto Clube das 5 da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e Projeto Primeira Tela, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leonel Brizola.
Durante o evento online, estudantes das escolas municipais Leonel Brizola, Padre Léo Seidl e Nova Petrópolis, além dos alunos do projeto Clube das 5 da Smed, e do Instituto Federal (IFRS) Campus Alvorada, além de estudantes de Campo Bom, São Leopoldo, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Recife e Rio de Janeiro. Ainda houve a participação de estudantes de Israel, Portugal, Alemanha, Espanha, Itália, Turquia, Bolívia, Eslovênia, Chile e México, que agradeceram pelos prêmios conquistados.
Os coordenadores do projeto, professores Adailton Moreira e André Bozzetti, consideraram excelente a qualidade e quantidade das obras inscritas no Festival, apesar da pandemia. A necessidade do distanciamento social fez com que os jovens cineastas encontrassem formas criativas de realizar seus curtas, mesmo que dentro de casa, além de enviarem obras realizadas ano passado, que não encontraram muitos festivais para participar em 2020.
Os professores salientam que a manutenção dos norteadores pedagógicos de avaliações, presentes desde a primeira edição, seguem destacando o FECEA no cenário da produção cinematográfica escolar.
Além da tradicional premiação, que já está consolidada, este ano surgiu o prêmio de Melhor Filme de Quarentena, para filmes realizados respeitando as regras de distanciamento social, e o Melhor Filme Vertical, para curtas gravados com o celular “de pé”.
A Mostra Virtual aconteceu no canal do FECEA no Youtube, de 16 a 28 de novembro, e a votação para o Melhor Filme pelo Júri Popular se deu através dos “likes” recebidos em cada filme. Foram mais de 16 mil visualizações dos curtas selecionados, totalizando quase 500 horas de exibição do canal.
Prêmio Sirmar Antunes
Entre os pontos altos do Festival, a entrega do Prêmio Sirmar Antunes por Protagonismo Negro, “tão importante neste momento em que o Brasil finalmente discute o racismo estrutural dominante na sociedade”, destaca André Bozzetti salientando que as temáticas abordadas no FECEA estão em sintonia com a realidade dos estudantes em todo mundo como bullying, violência contra a mulher, questões de raça, gênero e ambientais.
Já Adailton Moreira acredita que o reconhecimento do FECEA no cenário dos festivais estudantis no Brasil e estrangeiro se dão pela abordagem na avaliação das produções, primando pelo protagonismo juvenil e pelas temáticas atuais, “ vez que o FECEA nasceu no chão das escolas da rede”.
Futuro
Para 2021 os coordenadores trabalham com a possibilidade do desenvolvimento da parte formativa do Festival, com a criação do Seminário FECEA para tratar com temas relacionados à educação audiovisual e linguagem cinematográfica, além da manutenção do formato online concomitante com a retomada do formato presencial, “visto que a visibilidade e alcance proporcionados pela cerimônia online foram além do esperado”, comemoram.
Vencedores de Alvorada
1. “Corrente Maligna”, de Cauê Monteiro, do Grupo SuperNova da EMEF Nova Petrópolis: Vencedor de Melhor Filme na categoria Séries Finais
2. “Queria perguntar se…”, de Sara Marinho, do IFRS Campus Alvorada. Vencedor dos prêmios de
Melhor Atriz para Natália Ceconelo
Melhor Ator para Henrique Santos
Melhor Direção para Sara Marinho
Melhor Montagem
Melhor Filme de Ensino Médio.
3. “Tic Tac” de Alexandre Böer, do IFRS Campus Alvorada. Vencedor dos prêmios de
Melhor Desenho ou Mix de Som
Melhor Produção
4. “Tempo Desvalorizado” de Eduardo Maia, do Grupo SuperNova. Vencedor dos prêmios de
Melhor Fotografia
Melhor Filme de Quarentena.
5. “Essa gente que esquece da gente” de Gabryel Nunes, do Clube das 5 SMED Alvorada. Vencedor dos prêmios de:
Melhor Roteiro
Melhor Direção de Arte
Melhor Ator Coadjuvante para Gabryel Nunes
Melhor Atriz Coadjuvante para Maryeva Vaz
Melhor Filme pelo Júri Popular
6. “Um Muro”, de André Vieira, da EMEF Padre Léo Seidl.
Vencedor do prêmio Eduardo Coutinho de Melhor Documentário de Séries Iniciais
7. “Ensinar e Aprender: Quando a Escola é a Sala da Casa” de Thays Silva, do Projeto Primeira Tela da EMEF Leonel Brizola. Vencedor do Prêmio Eduardo Coutinho de Melhor Documentário de Séries Finais.
