Gastos totais com realização do Carnaval ultrapassam os R$ 220 mil

Em meio a polêmica entre Prefeitura e Escolas de Samba sobre o corte no orçamento do Carnaval deste ano, parte da população começou a se manifestar pelas redes sociais sobre o assunto.

O governo cortou em 35% o repasse para as sete escolas do Grupo Especial. No ano passado, cada agremiação recebeu R$ 22 mil da prefeitura, que neste ano oferece R$ 14 mil. Somados os gatos com a instalação da estrutura para receber um público estimado em 40 mil pessoas e a aparelhagem de som, o investimento público na realização do evento supera os R$ 220 mil.

Nesta conta não incluiu gastos com horas extras de funcionários da prefeitura como os agentes de trânsito e de saúde que teriam que realizar plantão.

Para as escolas, os R$ 56 mil que a prefeitura se nega a pagar, valor da diferença entre os R$ 22 mil solicitados e os R$ 14 mil oferecidos a cada agremiação, é pouco frente à crise dos cofres públicos. “Este valor não resolve o problema financeiro da cidade, então não entendemos como eles se recusam a nos repassar”, falou o presidente da Associação Recreativa dos Carnavalescos de Alvorada (ARCCA), Atonio Namor, em entrevista a’O Alvoradense.

“Entendemos que o Carnaval é importante, merece receber apoio institucional, porém adequado a realidade financeira do município”, diz Marcus Thiago, secretário de Governo.

Debate das redes sociais

Enquanto Prefeitura e ARCCA debatem a viabilidade do Carnaval deste ano, nas redes sociais a população se mostra preocupada com os gastos excessivos.

No perfil d’O Alvoradense no Facebook foram registrados mais de cinquenta comentários sobre a polêmica até às 13h deste sábado. A grande maioria acredita que no momento existam outras prioridades que necessitam de investimento.

É o caso de Rejane Petró, que postou: “Acredito que não deva acontecer o evento visto que as prioridades do município são inúmeras . A crise financeira é preocupante. Que sejam sensíveis com a população tão necessitada de melhorias urgentes na saúde, educação, saneamento e transporte”.

Ainda que sejam minoria, também há quem defenda a realização do evento.

Patrícia de Bito é uma delas: “O assunto é muito delicado, samba é cultura assim como o tradicionalismo. Acredito que temos que dividir as coisas. Uma boa cidade tem que ter investimentos em várias áreas, inclusive em cultura. Uma coisa não pode excluir a outra pois cada setor tem sua verba destinada. Como administrar isso? Não sei, mas é para isso que elegemos prefeitos, para administrar a cidade e suas demandas”, argumentou.

Fonte: O Alvoradense