Gente Nossa: Jovita Beatriz é o que nasceu para ser

Professora de português desempenha importante trabalho nas escolas de Alvorada

Atualmente Jovita é vice-diretora do turno da noite da escola Justo | Foto: Arquivo Pessoal / OA

Ela mora em Porto Alegre, onde nasceu, mas sua história em Alvorada já tem 30 anos, quando chegou por aqui em busca da realização de um objetivo, ser professora.

“Sou o que eu queria ser”, se define Jovita Beatriz Xavier da Cunha, a professora Jovita, recordando que ainda pequena dava aulas para os primos, isso aos quatro anos! Após ter concluído o Magistério chegou a Alvorada, indicada por um amigo. A primeira tentativa foi frustrada, mas no ano seguinte ela voltou e, em seguida, assinou contrato e iniciou dando aulas na Escola Nisia Floresta, que apesar de ser na Vila Elza, Viamão, era atendida por Alvorada.

Já de início passou a participar da equipe diretiva da escola, característica que se manteve ao longo das suas três décadas de magistério. Na primeira oportunidade fez concurso na Smed, dois, na verdade. Depois se formou em Letras e hoje é professora de português.

Assim, por seis anos esteve na Escola Municipal Idalina de Freitas Lima, 11 anos na Antonio de Godoy, onde iniciou a Educação para Jovens e Adultos (EJA) em 1998. O grande desafio surgiu com a inauguração do Centro de Educação Profissionalizante Florestan Fernandes. Ela foi indicada a ser a diretora da unidade, e recebeu um prédio vazio e repleto de importantes objetivos. Foi então em busca de conhecimento em entidades como o Pão dos Pobres e projetos como o Pescar. Conquistou os parceiros Escola Mesquita e Calabria, e permaneceu ali por três anos.

“Me envolvi e apaixonei pela EJA, porque nos possibilita trabalhar com alunos diferenciados, muitos deles com 60, 70 anos”, comenta empolgada. Ela comemora que no Florestan eram esses os alunos beneficiados. E foi por conta dessa paixão que ela viveu um dos melhores momentos de sua carreira, quando em 2002 participou de um Congresso Internacional de Cidades Educadoras em Montevidéu, Uruguai. “Ministrei palestra para um grande e atento público e me saí muito bem, porque dominava o assunto”, conta ela, recordando a insegurança que precedeu a palestra.

A Escola Paulo Freire também faz parte de seu currículo, onde permaneceu por dois anos, e desde 2007 ela é professora no Justo, E.M. Alfredo José Justo, onde assumiu a vice-direção do turno da noite, quando acontece a EJA. E por projetos desenvolvidos na Educação de Jovens e Adultos, a escola está entre as 10 escolas brasileiras que concorrem à Medalha Paulo Freire, prêmio do Ministério da Educação que está em sua décima edição.

Carnaval
Mas, muito antes de ser professora, Jovita já era carnavalesca, tendo sido porta estandarte em Escola de Samba da Capital. Hoje ela é membro de uma associação de jurados de Carnaval e viaja por todo o Estado e também pelo país, não só julgando como também realizando palestras. “Consigo harmonizar as duas faces da minha vida, Carnaval e Educação, sem problemas. Sempre que falo um tema, cito o outro. Para mim, há uma grande integração entre eles”, conclui.

Fonte: O Alvoradense