Governo do RS proíbe transporte interestadual e impõe limite de compra de itens essenciais

Eduardo Leite decretou situação de calamidade pública pela primeira vez na história do RS

Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini / OA

O governador Eduardo Leite declarou nesta quinta-feira, pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, situação de calamidade pública, numa tentativa de conter a disseminação de Covid-19 no Estado, que já apresenta transmissão local do patógeno causador da doença.

Em uma coletiva virtual, o chefe do Executivo gaúcho notificou sobre medidas de contenção ao novo coronavírus, o SARS-Cov-2, que já infectou 28 pessoas no RS, conforme dados oficiais da Secretaria Estadual da Saúde.

“É séria a situação, é grave. É hora de atuarmos. Não há espaço para valentões acharem que são imunes. Isso é irresponsabilidade”, frisou. “Vai dar saudade do abraço, do carinho, mas vai dar saudade das pessoas que perderemos se não agirmos”, falou. 

Leite anunciou que o transporte interestadual está vedado e o intermunicipal atuará com até 50% da capacidade dos ônibus. Nos coletivos urbanos, fica proibido o transporte de pessoas em pé.

Ele afirmou que as atividades nos terminais aéreos continuam, mas afirmou que estuda o fechamento dos aeroportos do interior do Estado, concentrando voos no Salgado Filho, em Porto Alegre. Ele lembrou que muitas companhias aéreas já reduziram as saídas e chegadas à cidade. 

O governador considerou ainda que “o mundo está parando” e pontuou que solicita junto ao governo federal o fechamento das fronteiras com o Uruguai e a Argentina. “Autoridade é da União e pedimos as mesmas providências dos nossos vizinhos”, afirmou.