A greve dos rodoviários já completa três dias e começa a afetar outros setores da economia de Porto Alegre. Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS estima que o comércio da Capital tenha, pelo menos, 25% das vendas comprometidas no período.
Apesar do Sindicato dos Rodoviários informar que a atual paralisação do transporte afeta, diariamente, cerca de um milhão de passageiros, o efeito indireto é ainda maior.
A falta de transporte público nessa semana fez com que várias pessoas optassem por ir de carro para o trabalho e outros compromissos, gerando grandes congestionamentos na capital gaúcha. A medida encontrada pela população para não perder seus compromissos reduz o número de pessoas a pé e, consequentemente, o movimento nas lojas.
“Quando as pessoas escolhem usar os carros, elas deixam de circular nas ruas, o que afeta o movimento das lojas. O calor na cidade já inibia alguns clientes, mas a greve intensifica essa situação” ressalta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Além do menor número de clientes, a falta de ônibus também afetou o funcionamento de alguns estabelecimentos. Por falta de funcionários, que não conseguem chegar ao trabalho sem o transporte, alguns comerciantes não abriram as portas.
A alternativa encontrada por alguns comerciantes do centro é garantir o pagamento de passagens de lotação, corridas de taxi ou estacionamentos para os funcionários. Alguns lojistas, na tarde de ontem, chegaram a marda buscar funcionários de outras filiais, que moram em cidades da Região Metropolitana, para não serem obrigados a fechar as portas por falta de pessoal.
Fonte: O Alvoradense