A audiência entre o comando de greve dos servidores e a prefeitura, representada pela secretária de Saúde Janete Conzatti e a Procuradoria Geral do Município (PGM), terminou sem acordo na tarde desta quarta-feira (21). A juíza Nara Cristina Neumann havia determinado no dia 13 que 100% dos trabalhadores da saúde deveriam retornar aos postos de trabalho e estipulou multa diária de R$ 10 mil, valor que não foi reajustado na tarde desta quarta conforme havia solicitado o governo.
Não houve consenso sobre o percentual mínimo de servidores que deveriam permanecer trabalhando. Segundo Janete, cerca de 190 servidores da área da saúde estão em greve. “É difícil determinar um número real, porque a cada dia ele muda”, explica. De acordo com a secretária, apesar do número ser baixo, menos de 20% do total, há ainda uma parcela de trabalhadores de férias ou atestado, o que comprometeria o atendimento.
O sindicado discorda. “Se menos de 1/4 dos servidores estão de greve e ainda assim o atendimento à população é prejudicado, então trata-se de um problema de gestão. Não podemos ter nosso direito constitucional de greve negado por causa disso”, avalia Valmor dos Santos, membro do sindicato.
O Sima recorreu da decisão da juíza e aguarda julgamento do recurso. Até lá, deve permanecer descumprido a determinação judicial.
A greve dos servidores municipais de Alvorada, a mais longa da história do município, já dura 17 dias. Duas reuniões entre governo e sindicato já ocorreram e terminaram sem acordo. A prefeitura oferece 12% de reajuste para os celetistas, dividido em duas parcelas, e aumento do vale-alimentação para R$ 14. Os municipários pedem 12% de reajustes para todos os servidores, incluindo os estatutários, vale de R$ 15, redução do número de Cargos em Comissão (CCs), melhores condições de trabalho e o pagamento ou negociação para recuperação dos dias de paralisação, entre outros itens.
Fonte: O Alvoradense