Karina Pereira

O que despertou na candidata o desejo em ser eleita conselheira tutelar?

Ser um candidato a conselheiro tutelar é um grande desafio. Há muitas crianças e famílias dependendo de sua atitude ou resposta.

Qual o verdadeiro papel do conselheiro tutelar?

Ser o porta-voz da sua respectiva comunidade, atuando junto a órgãos e entidades para assegurar os direitos das crianças e adolescentes. O Conselho Tutelar é como um todo, passa a acompanhar o caso devidamente, para assim definir a melhor maneira de resolver o problema e devolver ao indivíduo o direito de poder usufruir de tudo aquilo que está no Estatuto da Criança e do Adolescente.

De que forma a candidata vê a questão da garantia de direitos permitindo que a família eduque?

A criança ao nascer vai depender do espaço onde está inserida, pois é por meio deste lar que ela vai receber os ensinamentos principais e tornar-se apta e habilitada a enfrentar os desafios do mundo. Deste modo, a família continua a ser a base da formação de um modo geral. Nunca se pode negar o seu valor de educadora, porém, a sociedade cobra  muito de cada ser, cobra muito a cada dia, mais informações para sobreviver no seu meio em que vive e, desta forma, a criança, que já tem os seus saberes familiares, busca ampliar seus conhecimentos.

De que forma a candidata vê a lei da palmada?

Vejo de tal forma que muitas crianças são vítimas de maus tratos, inclusive indo a óbito em função dos mesmos. A intenção da “Lei da Palmada” não é intervir dentro das famílias, mas orientar para que as pessoas sejam mais pacientes e eduquem sem utilizar violência. Os pais devem substituir os castigos físicos por outras formas educativas. Educar não pode ser sinônimo de adestrar ou domesticar. Infelizmente, no Brasil, existe uma cultura histórica de maus tratos a crianças. Muita gente ainda acredita que bater é a melhor forma de ensinar, o que não é verdade.

Para você o que é a Proteção Integral os pais? 

É dever do Estado, da família e da sociedade garantir o direito de crianças e adolescentes à liberdade, à dignidade, à convivência familiar e comunitária, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte. Além disso, prevê a proteção contra qualquer forma de exploração, discriminação, violência e opressão. É essa proteção em todos os sentidos que deve ser assegurada às crianças e adolescentes. A Doutrina da Proteção Integral visa s proteger meninos e meninas não em sistemas para menores, mas no sistema multiparticipativo e aberto da cidadania social.

Fonte: O Alvoradense