Com a intenção de pressionar o Piratini a cumprir o pagamento do Piso Nacional do Magistério, os professores de doze escolas estaduais de Alvorada podem paralizar as atividades de quarta à sexta-feira (14) desta semana.
A ação, que atingiria mais de 15 mil alunos somente no município, deve se repetir por todo o País. O Cpers-Sindicato exige um reajuste supeior a 60%, índice que elevaria o salário dos professores para R$ 1.421,00 ainda em 2012. O governo, no entanto, ofere 23,5% divididos em três parcelas, sendo a última paga em dezembro 2014.
Justiça determinou pagamento do piso
Ainda durante a semana passada o Ministério Público (MP) julgou procedente a ação civil pública que determina o pagamento do piso. O parecer, dado pelo juiz José Antônio Coitinho foi, no entanto, julgado com resalvas.
Além do Estado ter que cumprir a lei do Piso, também deverá ser pago, a todos os professores, a diferença entre o que receberam e o valor que deveriam ter recebido se tivesse sido obedecido o valor salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Coitinho apenas não concedeu o pedido do MP para a inclusão do reajuste na previsão orçamentária de 2012.
O Piratini, por sua vez, afirma que vai recorrer da decisão e calcula que conceder o aumento neste ano represente um acréscimo de R$ 3 bilhões aos cofres públicos.
Tudo vai depender da votação que está marcada para acontecer nesta semana. A oposição na Assembleia está pressionando o Piratini a cumprir o que prometeu na campanha eleitoral e não tocar no plano de carreira do magistério.