No Dia Mundial da Alimentação, ONU alerta quanto ao desperdício

Segundo a UNO desperdico é a principal causa dos 842 milhões de famintos do mundo  Foto: Nick Saltmarsh / Divulgação / OA
Segundo a UNO desperdico é a principal causa dos 842 milhões de famintos do mundo Foto: Nick Saltmarsh / Divulgação / OA

As Nações Unidas alertaram hoje (16), no Dia Mundial da Alimentação que o desperdício alimentar é a cauda para que 842 milhões de pessoas continuem privadas de quantidades suficientes de alimentos. No mesmo comunidade, a ONU destacou a importância de uma dieta equilibrada para combater o aumento da obesidade e garantir uma vida mais saudável às populações.

s Nações Unidas alertaram hoje (16), no Dia Mundial da Alimentação, para o desperdício alimentar, uma das principais razões para que 842 milhões de pessoas continuem privadas de quantidades suficientes de alimentos. No mesmo comunicado, a ONU destacou a importância de uma dieta equilibrada para combater o aumento da obesidade e garantir a saúde das populações.

Para marcar a data, na sede da FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), em Roma, será oferecido hoje um almoço feito com produtos que, normalmente, são considerados lixo.

Segundo a ONU e FAO cerca de um terço dos alimentos produzidos em todo mundo, cerca de 1,3 bilhão de toneladas e mais de US$ 750 bilhões, por ano são desperdiçados.

“Com um quarto desses números, é possível alimentar 842 milhões de pessoas famintas em todo o mundo”, garantiu Robert van Otterdijk, especialista em indústrias agrícolas e responsável pela infraestrutura rural na FAO.

Segundo ele, ao “reduzir à metade esse desperdício, bastaria aumentar a produção alimentar mundial em 32% para conseguir dar comida a 9 bilhões de pessoas, a população mundial prevista em 2050”, de acordo com projeções demográficas.

Atualmente, os peritos estimam ser necessário um aumento de 60% da produção para responder às necessidades futuras da humanidade, um patamar insustentável para o planeta, cujos recursos em terra e água não são infinitos.

Se avaliarmos o desperdício alimentar como um país, seria “o terceiro emissor de gás de efeito estufa, depois da China e dos Estados Unidos”, com um consumo de água equivalente a três vezes o Lago Léman (entre a Suíça e França), disse Mathilde Iweins, coordenadora de um relatório sobre custos ambientais do desperdício.

Nos países em desenvolvimento, as reduzidas capacidades de armazenamento e de acesso ao mercado são as principais causas do desperdício. Nas sociedades industrializadas, a responsabilidade é do excesso de normas e regras, devido a preocupações sanitárias ou estéticas.

Se os esforços combinados dos Estados e das agências da ONU permitiram reduzir, de forma espetacular, o número de pessoas com fome (mais de 1 bilhão em 2009), o número de subnutridos é ainda de 2 bilhões, que sofrem uma ou várias carências em micronutrientes, como vitaminas e minerais.

Em relatório publicado em junho, a organização avaliou que o custo econômico da subnutrição e das carências em micronutrientes representam de 2% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões.

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Cerca de 500 milhões de pessoas estão obesas no mundo, segundo a ONU | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / Divulgação / OA

Obesidade está na mira da ONU
Em contrapartida do desperdício que causa a subnutrição de 26% das crianças que apresentam atraso no crescimento estão o sobrepeso e a obesidade. Segundo a FAO 1,4 bilhão de pessoas  apresenta, excesso de peso, destes 500  milhões de pessoas são obesas no mundo

A defesa de um alimentação balanceada e sem excessos foi também debatida pela organização para conter o crescimento da obesidade no mundo. Segundo o documento, investimentos em setores complementares e alimentares, assim como de saúde pública e de educação devem ser utilizados para reverter o quadro da obesidade e sobre peso no mundo.

Fonte: O Alvoradense / Com Informações Agência Brasil