A partir da próxima quinta-feira, dia 15, o 24º Batalhão da Brigada Militar (24º BPM) de Alvorada perderá o Pelotão de Operações Especiais (POE) da unidade para Porto Alegre. A medida faz parte do planejamento do Governo do Estado para gerenciar a área de segurança durante a Copa do Mundo. Ao todo, serão 26 soldados que atuam em Alvorada e que ficarão até o fim do evento na Capital. O mesmo deve ocorrer com outros municípios do interior do Estado.
O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Valdir Andres, recebeu a garantia do secretário estadual do Gabinete dos Prefeitos do Rio Grande do Sul, Jorge Branco, nesta semana de que as cidades não serão prejudicadas pela medida. Segundo Andres, o deslocamento de dois mil oficiais para Porto Alegre compromete a segurança das cidades no interior. Branco, no entanto, afirmou que o número de policiais deslocados será menor do que o inicialmente anunciado. “Será transferido menos de 10% do efetivo do policiamento ostensivo”, garantiu. Para a Copa do Mundo deverão utilizados cerca de 800 alunos recém-formados pela academia da Brigada Militar, conforme o secretário.
Ainda conforme o secretário, o governo optou por convocar policiais que já passaram por algum tipo de treinamento especifico para grandes eventos como a competição do mundial. Ele ainda explicou que alguns municípios podem ter acréscimo no número de policias já que não serão concedidas férias e licenças nesse período.
No caso de Alvorada, os homens do BOE deixam a cidade nesta semana e retornam na semana seguinte ao término do evento.
Brigada Militar já tem “plano B” para atuar
A transferência não pega o comandante do 24º BPM de surpresa. Preocupado desde o começo do ano com a perda de parte do efetivo que o Mundial irá causar na cidade, o Major Marcelo Couto tem criado alternativas para que o policiamento não seja prejudicado pela convocação.
Uma das alternativas encontradas por ele foi preparar os soldados que atualmente trabalham nos setores administrativos da instituição para atuarem no policiamento ostensivo. “Preferi prejudicar o administrativo e colocar polícia na rua”, analisa o Major, que tem coordenado operações semanais como forma de treinar e preparar o batalhão para a nova realidade.
Outra alternativa encontrada pelo Major foi a formação de um novo Pelotão de Operações Especiais. Há algumas semanas, 15 homens já estão sendo preparados por ele para a formação deste POE provisório que reforçará o policiamento em Alvorada durante os dias do Mundial. “Todos vamos sofrer o pênalti, então não adianta ficar reclamando, temos que aceitar. Eu prefiro criar alternativas inteligentes para garantir o policiamento”, garante. O major acredita que as operações realizadas e as alternativas que implantadas pela BM – como o patrulhamento de bicicleta no Centro – garantirão a segurança da cidade.