Conforme levantamento de inteligência realizado pelo Ministério da Justiça, Porto Alegre está entre as sete cidades brasileiras consideradas sob “risco real de problema” no 2º turno das eleições.
A motivação seria a escalada de ânimos entre os dois grupos políticos que disputam a Prefeitura.
Na madrugada do dia 17, o comitê de Nelson Marchezan Jr. (PSDB) foi atingido por tiros, ocorrência que é investigada pela Polícia Federal. Horas depois um dos dirigentes da campanha de Sebastião Melo (PMDB) foi encontrado morto dentro do diretório do partido. Segundo a Polícia Civil, o caso trata-se de suicídio. Uma carta encontrada ao lado do corpo, contudo, indica que a motivação pode ter sido justamente o acirramento da disputa eleitoral.
Justamente devido aos últimos acontecimentos, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), desembargadora Liselena Ribeiro, por orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encaminhou ofício à Superintendência da Polícia Federal do estado, solicitando a segurança pessoal dos candidatos ao cargo de prefeito de Porto Alegre. Eles poderão optar por utilizar a escolta, caso julguem necessário.
Levantamento da Rádio Guaíba, contudo, indica que Melo já descartou a escolta e Marchezan deve aceitar.
O candidato do PMDB garantiu que foi comunicado sobre a possibilidade de escolta, agradeceu e recusou. Ele explicou que anda pelas ruas da cidade há 35 anos sem segurança e que acredita que não seria correto aceitar o acompanhamento da PF nas próximas eleições, já que a polícia cumpre outras funções. Ele afirmou que não se sente ameaçado.
Já Marchezan disse que não recebeu nenhum comunicado oficial da Polícia Federal, nem da Justiça – por isso, aguarda para ver quais serão os termos e sugestões. No entanto, adiantou que, se houver a possibilidade, deve aceitar a escolta.
O segundo turno das eleições acontece no próximo domingo (30). No Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre, terão um novo turno as cidades de Caxias do Sul, Canoas e Santa Maria.
Fonte: O Alvoradense