Quadrilha que revendia carros clonados é alvo de operação da PC

Eram comercializados até oito veículos por mês pela Internet

Foto: Polícia Civil / Divulgação / OA

Uma quadrilha da Região Metropolitana que revendia, em média, oito carros clonados por mês, e que utilizava um mercado para lavar a movimentação de cerca de R$ 500 mil, foi alvo de ação que envolveu 80 policiais, chamada Operação Automarket, na quarta-feira (13).

No total a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, cumpriu 12 mandados de busca e um de prisão temporária, tendo como alvos 10 suspeitos nos municípios de Alvorada, Porto Alegre e Viamão.

De acordo com o delegado Thiago Lacerda, que investiga a quadrilha há 22 meses, foram identificados 10 suspeitos, mas a Justiça autorizou apenas a prisão do homem apontado como líder dos golpistas, na zona norte da Capital. Houve apreensão de dinheiro e documentos, assim como a prisão do suspeito de ser o líder da quadrilha e de mais um homem por porte de arma.

Canoas

O início da ação criminosa foi em 2020, quando uma vítima em Canoas denunciou a compra de um carro clonado e, logo depois, houve a prisão de uma mulher que tentava autenticar documentos falsos em cartório. A Draco passou a investigar o caso e descobriu que os suspeitos, que foram sendo identificados ao longo da apuração, adquiriram carros roubados por outra quadrilha, que eram depois clonados.

Com os documentos falsificados, anunciavam os veículos em sites de venda pela Internet por preços até 30% abaixo do mercado. Já foram identificadas 20 vítimas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o valor movimentado de R$ 500 mil identificado pela investigação, pode chegar a R$ 1 milhão a partir das apreensões e a quebra de sigilo bancário. O grupo também lavava dinheiro por meio de um mercado em Canoas.

A Polícia Civil orienta que as vítimas acionem a polícia de Canoas pelos telefones (51) 3425-9056 e (51) 98608-9984, este com WhatsApp ou pelo site da Polícia Civil.