O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, foi eleito na madrugada desta quinta-feira (14), com 285 votos, presidente da Câmara dos Deputados. Maia venceu em segundo turno o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que até então era apontado como candidato favorito do Palácio do Planalto. Rosso somou 170 votos. Outros cinco parlamentares votaram em branco.
Ele irá suceder o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à posição na última semana. O peemedebista teve seu mandato suspenso em maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mandato tampão
Rodrigo Maia ficará à frente da Câmara até fevereiro de 2017. Em discurso no Plenário da Casa, o deputado vencedor destacou sua biografia e se disse pronto para assumir o comando. “Ofereço a dimensão da experiência que acumulei em quase 20 anos aqui dentro e a correção pela qual pautei minha vida pública”, pontuou.
Citando a crise econômica que atinge o país e o conturbado momento político por que passa o Congresso, o deputado afirmou que as repúblicas “nunca se consolidam sem a força dos parlamentos”. “Quando a Câmara é atacada ou mal defendida, é a cada um dos nossos mandatos que atacam”, disse Maia. “Sei que estou pronto para navegar nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o Brasil são maiores que qualquer crise”, finalizou.
Histórico na Casa
No primeiro turno da votação para presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) conquistou os apoios de PSDB, DEM, PPS e PSB.
Na Casa, o representante do Democratas votou a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta, agora afastada, Dilma Rousseff. O deputado também votou a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa mudar a maioridade penal de 18 para 16 anos em caso de crimes graves.
Em 2015, foi presidente e relator da proposta de reforma política. É presidente da Comissão Especial da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Atualmente é membro efetivo das Comissões de Finanças e Tributação.
Embora o DEM faça parte do governo Michel Temer – detém o comando do Ministério da Educação –, o partido não integra o chamado “Centrão”, que é um bloco informal que reúne siglas mais de centro-direita e que são a base de sustentação do Palácio do Planalto.
Fonte: Agência Brasil