Quem precisar ir ao médico em Porto Alegre nesta quinta-feira (27) deve enfrentar um dia complicado. Isso porque simultaneamente, o atendimento em sete hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) estará prejudicado devido a paralisação de funcionários.
A greve envolvendo os servidores municipais que paralisaram as atividades ontem (26), por 48 horas, afeta diretamente os atendimentos no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV).
Os trabalhadores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) paralisaram as atividades nesta quinta às 7h e o movimento deve prejudicar o atendimento nos hospitais Cristo Redentor, Fêmina, Nossa Senhora da Conceição e Criança Conceição.
A greve por tempo indeterminado envolve praticamente todas as categorias, com exceção dos médicos e odontólogos.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores do GHC, Valmor Guedes, a adesão se dará respeitando os pacientes que já estão em atendimento e as áreas mais graves, como UTI.
O movimento conta com o apoio de nove sindicatos. Na manhã de ontem (26), representantes sindicais e a direção do grupo se reuniram para discutir uma maneira de evitar a greve, mas não houve acordo.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul, Cláudia Santos, os profissionais esperavam uma proposta real por parte da direção. “Estamos discutindo ainda as pendências da greve de 2012, que envolve a redução da carga horária, pagamentos de anuênios e isonomia entre as categorias. Sem propostas, a greve segue”, disse ela.
Segundo o gerente de apoio do GHC, Gerson Almeida, que participou da reunião, a posição dos sindicalistas em não negociar causou surpresa.
“O diálogo deve ser permanente para construirmos a melhor proposta. O Grupo Hospitalar Conceição já destina 84% de seu orçamento para pagar pessoal. Temos um limite”, afirmou. Para agravar ainda mais o quadro, os profissionais do Hospital de Clínicas também anunciaram paralisação. A direção da instituição não se manifestou sobre a greve.
Fonte: O Alvoradense / Com informações Correio do Povo