As políticas de gênero acabaram de fora do Plano Municipal de Educação (PME). A decisão de retirar itens da meta número oito, que tratava do tema, foi decidida em conjunto entre os vereadores, os secretários municipais de educação, Nair Ribeiro, e de governo, Tiano Caduri, e a coordenadora da comissão que elaborou o documento, Simone Millis.
Segundo Caduri, houve consenso para a retirada dos itens considerados polêmicos por parte do Legislativo. O tema já havia gerado discussão na audiência pública da semana passada que tratou do PME. Algumas pessoas se manifestaram contra a inclusão do termo “ideologia de gênero” no conteúdo final do Plano. O documento traça as metas para a educação municipal pelos próximos dez anos.
O texto havia sofrido uma pequena alteração pela comissão que elaborou o PME antes de ser enviado à Câmara nesta terça. A mudança, contudo, tratava apenas de uma frase referente a responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação (Smed) em promover ações contínuas de formação da comunidade escolar. A defesa da igualdade de gênero se mantinha no texto que chegou ao Legislativo.
Durante a reunião, que ocorreu pouco antes da sessão no Plenário, as estratégias 1, 2, 6 e 7 foram alteradas e a 3 completamente suprimida. Todas as mudanças tiveram como objetivo retirar as políticas relacionadas a gênero.
Emendas da Câmara
Além das alterações no texto final, outras duas emendas dos vereadores acrescentaram novas estratégias ao PME. Uma delas somou junto à meta 3 as estratégias de educação ambiental, segurança no trânsito e combate ao bullyng.
Já o PDT propôs que até 2025, 50% dos alunos da rede municipal estejam inseridos no programa de Escola de Tempo Integral.
Fonte: Jonathas Costa e Mariú Delanhese