O poeta Sérgio Vaz, patrono da 15ª Feira do Livro de Alvorada, intitulou sua passagem pela cidade na noite da última quarta-feira (12), durante Sarau Poético que marcou a abertura oficial do evento no pátio do Centro de Educação Florestan Fernandes, da seguinte forma: “Alvorada respira Poesia”. E respira mesmo. A atividade contou com a presença de alunos da EJA de escolas municipais, do Instituto Federal de Educação de Alvorada e do próprio Florestan.
A Feira vai ocorrer entre os dias 14 e 18 de outubro e terá como professor homenageado Artur Madruga, professor, escritor e colunista do jornal O Alvoradense.
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Foi uma noite de poesias, em que Sérgio Vaz contou um pouco de sua história, recitou algumas poesias e teve a oportunidade de conhecer jovens alvoradenses que, ao longo deste ano, estão conhecendo sua obra poética.
“Esta cidade é parecida comigo, com gente simples e trabalhadora, que valoriza a educação e a literatura”, declarou Vaz. Ele também afirmou não encontrar palavras para definir a felicidade pelo convite: “Não sei o que faz um Patrono, mas deve ser algo bom!”, brincou. “Estamos escrevendo a nossa história, a história da periferia, das cidades, das comunidades. Nossa literatura não é mais, nem menos, é diferente”.
Ao final do encontro, houve a atividade Poesia no Ar, em que cada participante amarrou um poema ou frase a um balão de gás e o soltou nos céus da cidade.
Sérgio Vaz
Nascido em 26 de junho de 1964, é natural de Ladainha (MG), mas chegou ainda criança a Taboão da Serra, região Metropolitana de São Paulo. Desde a infância, incentivado pelo pai a consumir todo o tipo de literatura, migrou naturalmente para a escrita, mas admite que iniciou com o objetivo de conquistar as meninas. Com o tempo, percebeu que a poesia podia transformar sua vida e da comunidade. Em 2000, fundou a Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa) e o Sarau, que semanalmente reúne cerca de 400 pessoas que leem e criam poesia. Chegou a Alvorada em 2013, a convite da secretária Nair, e hoje se diz alvoradense de coração e ação. “Transformo raiva e tristeza em poesia”.
Artur Madruga
Ingressou na Prefeitura de Alvorada como auxiliar administrativo nos anos de 1970 e foi nomeado Chefe do Protocolo Geral 10 anos depois. Se tornou professor da rede municipal, cargo que atua até hoje. Nasceu em Porto Alegre, é escritor, pedagogo formado pela Ufrgs e professor licenciado em pluridisciplinaridade pela Faeta, com curso de Magistério no Isabel de Espanha. Já recebeu inúmeros prêmios como Revelação Literária Estadual do IEL, Menção Honrosa Nacional no Prêmio Fernando Chinaglia, Menção Honrosa no III Prêmio Guilhermino Cesar, da Universidade de Ijuí, além de outras premiações de entidades como União Brasileira de Escritores, Habitasul e Correio do Povo.
Fonte: O Alvoradense