Conforme noticiado em maio deste ano, quando estiveram no município técnicos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Alvorada será uma das 20 primeiras cidades a participar da implementação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018, programa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A ideia do chamado Cidade Susp é desenvolver planos de segurança e defesa social em nível municipal.
O Ministério da Justiça implementará o programa em um município de cada macrorregião brasileira e Alvorada foi escolhida a partir dos índices de homicídios dolosos desde 2018. Ainda que hoje não configure como um dos mais violentos do Brasil, vai receber consultoria de especialistas e tecnologia necessária para melhorar diagnósticos locais.
O município, em 2017, ocupou a 6ª colocação no ranking das cidades mais violentas do país, de acordo com o levantamento do Atlas da Violência, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Naquele ano chegou a 112,6 mortes a cada 100 mil habitantes.
Já em 2021, registrou 60 vítimas homicídios, alcançando uma taxa de 26,6 por grupo de 100 mil. Contudo, apesar da melhora, o atual índice ainda é maior do que a média do Estado, que é de 10,2.
A princípio não há previsão de entrega de recursos financeiros para livre aplicação das prefeituras por parte do Ministério e sim duas frentes, uma educacional e outra tecnológica, para ajudar as gestões municipais a colherem informações úteis para relatórios que sejam base para novos programas de política pública.
Depois das 20 pioneiras, outras 100 cidades deverão integrar o programa nos meses seguintes. Além de Alvorada também são cidades-piloto Aquiraz, Caucaia e Pacajus (Ceará); Cabo do Santo Agostinho e Paulista (Pernambuco); Macaiba e São Gonçalo do Amarante (Rio Grande do Norte); Dias D’Ávila (Bahia); Ananideua e Altamira (Pará); Goiânia e Valparaíso de Goiás (Goiás); Cabo Frio, Duque de Caxias e Macaé (Rio de Janeiro); Cariacica e Linhares (Espirito Santo) e Paranaguá e São José dos Pinhais (Paraná).