Com a volta à bandeira vermelha, fica mais distante a flexibilização das restrições

Inclusive a volta às aulas, só é autorizada pelo Estado após 15 dias na bandeira laranja

Alvorada esteve por uma semana classificada como bandeira laranja no mapa do Distanciamento Controlado do Estado. Lembrando que o município pertence à região de Porto Alegre e que para a flexibilização das restrições, entre elas a volta às aulas e abertura do comércio sem grandes restrições, é necessário que este quadro se estenda por 15 dias consecutivos. Contudo, após apenas uma semana, a região voltou para a bandeira vermelha.

Neste período seguiram crescendo os números de contaminados pelo novo coronavírus, chegando a 2.858 nesta quarta-feira (9) e também o número de mortos. Com mais três vítimas fatais registradas no final de semana prolongado (um homem de 65 anos no sábado (5), uma mulher de 77 domingo (6) e um homem de 64 na segunda (7)) o município contabiliza 109 óbitos. Por outro lado, aumenta o número de recuperados, sendo 2.594 até o momento, o que equivale a 90%.

Em live realizada na manhã de terça-feira (8), em que o prefeito Appolo anunciou que a rede municipal de ensino não retorna às aulas presenciais em 2020, exceto a Educação Infantil, a secretária Neusa Abruzzi, de Saúde, lembrou que os cuidados estão sendo tomados no município, dando o exemplo dos centros de saúde abertos nos finais de semana onde, segundo ela, as equipes seguem sem se contaminar. Contudo, lembra Neusa, é necessário haver uma parceria entre a administração e a comunidade. “Os cuidados estão sendo tomados, mas a comunidade tem que fazer a sua parte. Neste momento, para voltar às atividades normais é preciso colaborar”, afirmou se referindo ao grande número de pessoas circulando pela cidade.

A secretária ainda relatou que, dos 21 leitos para Covid-19 do Hospital de Alvorada, 12 estiveram ocupados no final de semana e que, sempre que há necessidade de ocupar leitos de UTI em Porto Alegre, o processo segue sem problemas “mantendo o padrão de atendimento aos alvoradenses”.

Por fim reconheceu que, após 150 dias de quarentena prolongada, é cansativo manter o distanciamento e o isolamento domiciliar, “mas é necessário, pois ainda não temos vacina”.