O suspeito de matar o sargento da Brigada Militar (BM) e o filho no bairro Salomé foi encaminhado à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) após prestar depoimento à Polícia Civil, conforme solicitou a defesa do investigado. Ele se apresentou na sexta-feira no Ministério Público de Alvorada.
A Pasc é monitorada por agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e não pela Brigada Militar, como no Presídio Central, para onde vão os detentos com prisão provisória decretada.
Lucas de Souza, de 21 anos, alegou que teve a casa invadida por brigadianos duas vezes. Em função disso, o jovem temia pela própria vida.
Diferentemente do que previu a advogada do suspeito, Tatiana Borsa, um dia antes dele se entregar, Lucas não confessou os homicídios. Ela disse ter recebido da família a confirmação de que o cliente pretendia fazer o contrário. Segundo a defensora, ficou claro que a família não conversou com ele.
Ao Ministério Público e à Polícia Civil ele negou os crimes. A advogada disse que Lucas vai apresentar um álibi, mas não quis adiantar detalhes da estratégia de defesa.
Milton de Pádua Martins, de 52 anos, e Ismael Martins, de 20, foram assassinados no feriadão de Páscoa. De acordo com a investigação, Cabral e o filho do policial cumpriram medida socioeducativa juntos na Fundação de Assistência Socioeducativa (Fase). Nesse período, tiveram um desentendimento por motivo ainda desconhecido da Polícia. Para o delegado Cassiano Cabral, a desavença motivou a execução.
Sobre os outros dois suspeitos de participação no assassinato, ainda não houve pedido de prisão. Novas versões sobre quem ajudou no crime chegaram à Polícia, que segue apurando se a dupla já identificada foi mesmo quem levou o atirador ao local do crime e providenciou a fuga.
Fonte: O Alvoradense / Com informações da Rádio Guaíba