“Estamos em níveis toleráveis”, diz Appolo sobre avanço do coronavírus em Alvorada

Prefeito afirmou ter apoiado o funcionamento do comércio na cidade "bem antes de ser liberado"

Foto: CCS / Arquivo / OA

O prefeito José Arno Appolo do Amaral (MDB) afirmou, durante entrevista transmitida nas redes sociais na noite desta quinta-feira (18), que o atual cenário da pandemia da Covid-19 em Alvorada está em “níveis toleráveis” e que espera um aumento do número de casos confirmados na cidade em virtude da ampliação dos testes realizados.

“Diante das circunstâncias e do número de habitantes do nosso município, estamos em níveis toleráveis. A gente acompanha pela imprensa que outros municípios, com número bem menor de moradores, número de mortes muito superior”, avaliou Appolo. “Esperamos continuar nesta situação e, se for possível, diminuir”, completou.

Ele confirmou que um novo lote de testes deve chegar em breve à cidade, o que deve ampliar a capacidade de testagem do município. “A partir do momento em que se aumenta o número de testes, vai se aumentar o número de infectados.”

Appolo sinalizou, ainda, que a Prefeitura espera que o Laboratório Municipal possa ter condições de analisar o teste para o novo coronavírus sem a necessidade de encaminhá-lo para o Laboratório Central do Estado. “Capacidade nós temos, técnicos também. Estamos precisando de pouca coisa [para analisar os exames aqui]”, explicou, sem dar detalhes.

Fiscalização

O prefeito parabenizou a população e os empresários que, na sua avaliação, estão contribuindo com “o controle do vírus” na cidade. “Debito muito esse sucesso à colaboração dos nossos moradores, dos empresários, ao trabalho dos nossos funcionários da Secretaria Municipal de Saúde e da Prefeitura de uma forma geral”, avaliou.

Ao falar sobre o trabalho da Guarda Municipal, Appolo disse que foi procurado por empresários sobre os prejuízos financeiros causados pelos decretos estaduais que impediram o funcionamento de estabelecimentos não essenciais durante as primeiras semanas da pandemia no Estado.

“Tem uma situação que me sensibiliza muito. Temos uma população muito grande que é a da classe média, que está acostumada com um bom padrão de vida. Daqui a pouco essa família ficou desempregada ou a empresa fechou. Primeiro mês normal, resolve. No segundo… daqui a pouco começa a ter dificuldade. Esta é a classe que mais sentiu e que mais sente”, explicou.

Ele, ainda, afirmou que sugeriu que empresários abrissem seus estabelecimentos mesmo com o decreto vigente do Governo do Estado. “Fui muito flexível e sugeri para muitos – vou confessar publicamento isso aí – que se eu fosse o dono da empresa eu ia abrir talvez uma porta do lado, com todo o cuidado… Não deixar entrar freguês sem máscara, com álcool, não deixar entrar mais do que um ou dois fregueses… eu faria isso. Embora eu não pudesse autorizar porque tinha um decreto do Governo do Estado, mas sugeri a eles isso.”

“E mais: disse para eles que a nossa Guarda [Municipal], que é muito boa, não tinha função de fechar comércio. A função deles era proteger o alvoradense e não fechar o comércio, a indústria ou qualquer coisa assim. O máximo, o máximo que eles poderiam fazer, era ir lá e aconselhar o pessoal”, completou, ao avaliar que “bem antes de ser liberado, grande parte do nosso comércio aqui já funcionava”.

Recursos da União

Segundo o prefeito, os prejuízos em arrecadação para os cofres do municípios em virtude da pandemia estão estimados em cerca de R$ 50 milhões.

Já a lei que trata da ajuda financeira a estados e municípios destinou R$ 27,3 milhões para a Prefeitura de Alvorada. “Não esperávamos por ajuda do governo, mas vai nos ajudar a continuar o nosso trabalho”, explicou.