Jardel exonera 17 funcionários do gabinete e pede afastamento por depressão

Jardel foi eleito pelo PSD | Foto: Wilson Cardoso /  Agência ALRS / OA
Jardel foi eleito pelo PSD | Foto: Wilson Cardoso / Agência ALRS / OA

Eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), o ex-atacante Jardel, ídolo gremista, exonerou 17 pessoas do seu gabinete e pediu afastamento das funções na Assembleia Legislativa por motivo de saúde.

Ele estaria com depressão e a exoneração dos funcionários do gabinete teria ocorrido porque o grupo estaria tomando decisões sem consultá-lo. Jardel, que desde quarta-feira deixou Porto Alegre, classificou as ações de “má administração”. As exonerações foram publicadas nesta segunda-feira (6) no Diário Oficial.

Segundo o jornal Correio do Povo, o chefe de gabinete, Cristian Lima, afirmou que o parlamentar deve retornar até a próxima sexta-feira para a Assembleia. Sobre as demissões, Cristian afirmou que o antigo gabinete tinha sido formado por indicação do partido. Da equipe que tomou posse, apenas quatro pessoas permanecem trabalhando com o deputado.

Seu ex-companheiro de clube, o deputado federal Danrlei de Deus Hinterholz, vice-presidente do partido no Rio Grande do Sul, publicou um comunicando informando o rompimento político e pessoal com Jardel.

COMUNICADO À IMPRENSA
A arte ou ofício de exercer a boa política carrega consigo responsabilidade, solidariedade, lealdade e compromissos maiores de todos os representantes parlamentares com seus eleitores e com a sociedade como um todo que tem o dever de representar.

Por mais de 20 anos, fui colega de clube, parceiro e amigo do hoje Dep. Mario Jardel de Almeida Ribeiro, tendo, inclusive, buscado estimular sua candidatura nas últimas eleições, até como forma de superação de estágios pessoais que em outras circunstâncias sei que seriam difíceis de transpor.

Empenhei-me pessoalmente em sua eleição, dedicando esforço pessoal, carinho, amizade e até compromisso político com seu voto. A eleição de Mario Jardel à Assembleia Legislativa contou com um verdadeiro “time político” tanto meu quanto do PSD que já vinham envolvidos com minha candidatura e meu desempenho junto à Câmara dos Deputados. A sua eleição representou não apenas uma vitória deste grupo, mas também o êxito de uma missão partidária ao qual não apenas Jardel, como também este “time Pessedista” e os meus eleitores puderam se identificar ao longo desta caminhada.

Lamento, contudo, que mesmo sendo um período curto em que exerce seu mandato na Assembleia Legislativa, eu me obrigue, por dever de lealdade e compromisso político com os milhares de gaúchos que elegeram não apenas Jardel mas também a mim, a romper publicamente com este a quem confiei minhas mais profundas e sinceras expectativas.

Alguém que logo no início de uma longa jornada, a de um mandato parlamentar, falha em princípios éticos como lealdade, confiança e consideração. Não quero relacionar-me publicamente com quem conduz seu mandato e sua vida da maneira como meu ex-colega demonstrou que vai conduzir.

A partir de agora, declaro meu rompimento político e pessoal com Mario Jardel, justamente por ele descumprir tais normas elementares sobre a qual tínhamos consenso e acordo que haveríamos de cumprir.

Espero que pelo menos mantenha o compromisso político de honrar o mandato que o PSD ajudou-o a conquistar.

Porto Alegre, 06 de abril de 2015.
Danrlei de Deus Hinterholz
Deputado federal – PSD – RS

Fonte: O Alvoradense / Com informações do Correio do Povo