Queijo adulterado chegava na mesa dos consumidores gaúchos

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Comerciantes e consumidores reclamaram do forte odor e má qualidade do queijo | Foto: MP / Divulgação / OA

O Ministério Público (MP) deflagrou a Operação Queijo Compen$ado I nesta terça-feira (16). Escutas telefônicas mostraram que havia adição de produtos no derivado lácteo, o que fazia com que o cheiro e consistência do queijo ficassem diferentes – foi percebido, inclusive, pelos consumidores. As fábricas investigadas ficam em Três de Maio e em Ivoti.

Em conversa pelo telefone, um vendedor cobra do fabricante a qualidade do produto comercializado. O queijo estaria com odor muito forte, era mole e esfarelava. Além disso, estragava antes dos 90 dias previstos no prazo de validade da embalagem.

A adulteração do queijo era feita em Três de Maio e levada até Ivoti. Um dos donos da empresa sempre ia em um carro de passeio a frente, como um batedor, do caminhão que transportava o produto aos sábados, durante a madrugada. Já em Ivoti ele era fatiado e distribuído para os pontos de venda. As investigações comprovam que o queijo adulterado chegava à mesa do consumidor.

Pai e filho, donos da Laticínios Progresso, e um representante da empresa foram presos nesta terça-feira. O motorista do caminhão que transportava o queijo recebeu uma medida cautelar adversa, e está proibido por lei de deixar o Estado, assim como nos próximos dias terá horário para estar em casa. Um secretário municipal de agricultura de Três de Maio também é investigado por favorecer o esquema. Um fiscal, que atuava em Estância Velha, foi afastado do cargo.

Fonte: O Alvoradense