Segurança deve estar aliada à cidadania
Série de reportagens d’O Alvoradense apresenta os desafios do futuro prefeito
Com a expectativa de transformar a área de segurança em uma das vitrinas de sua gestão, representantes eleitos terão um árduo trabalho.
A solução à falta de estrutura das corporações e o déficit no número de servidores – somente no Corpo de Bombeiros faltam 12 – são algumas das principais urgências, mas não são as únicas. Homicídios, tráfico e o salário de policiais também exigirão atenção, avaliam especialistas. Quando se acomodarem em suas cadeiras, os representantes do governo municipal encontrarão sobre a mesa uma pilha de problemas da segurança a resolver.
A delegada Graciela, da 3ª DP de Alvorada, enfatiza que é um desafio aprimorar os mecanismos de investigação policial e também o de reformular o atendimento aos cidadãos. Sua principal preocupação é com mulheres vítimas de violência doméstica. Outro problema que necessitará de urgentes providências, segundo a delegada, diz respeito à precariedade das instalações.
São cinco os principais temas que estarão presentes na pauta dos novos representantes a partir de 1º de janeiro.
O primeiro são as ocorrências de homicídios e latrocínios. Na terceira posição do ranking das cidades mais violentas do Estado está Alvorada, com 29 casos no período de janeiro a março de 2012. A estatística revela um aumento de 12 ocorrências de assassinatos em comparação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o índice de homicídios aumentou cerca de 30%.
O combate ao crack também preocupa. Especialistas defendem novas ações de enfrentamento ao tráfico, em especial ao crack, uma epidemia crescente que aumentou 18% nos últimos cinco meses de 2011.Aumentar a capacidade de obtenção de dinheiro para projetos é o terceiro grande desafio.
Em quarto surgem as ocorrências de roubo de veículos. Levantamento da Secretaria de Segurança revela que o número de roubo de veículos fechou o trimestre com redução no Estado, mas em Alvorada os índices tiveram um aumento de 14%. Só no mês de março, os roubos aumentaram em 37,5%.
Por último, mas não menos importante, está a administração de recursos. O Rio Grande do Sul está entre os recordistas de recebimento de verbas federais oriundos do Pronasci. Foram R$ 257,2 milhões desde 2007. O desafio é saber administrar com eficiência o montante recebido.
Fonte: Aline Vaz / O Alvoradense