Escolas estaduais de Alvorada estão paralisadas até sexta

Corredores da escola ficaram vazios | Foto: Jonathas Costa / OA

A paralisação dos professores públicos do Estado que foi deflagrada nesta quarta-feira atingiu doze escolas estudais de Alvorada. Em alguns casos, todos os funcionários não estão trabalhando.

Na escola Senador Salgado Filho, no Centro, os portões devem permanecer fechados até segunda-feira. No muro um cartaz informava da situação aos pais e alunos ao longo da quarta-feira. O mesmo acontece nas escolas Campos Verdes, Júlio Cezar, Maurício Sirotsky Sobrinho, João Belchior Marques Goulart, Stella Maris, Érico Veríssimo, Nossa Senhora do Carmo, Manuel Luis de Osório e Nossa Senhora Aparecida.

Já na Antônio Castro Alves os alunos até o quinto ano não estão sendo atingidos pela paralisação. Do sexto ao terceiro do ensino médio, no entanto, as aulas estão suspensas. Segundo informa a direção da escola, o cenário pode se reverter até sexta-feira.

Érico Veríssimo também aderiu

Os professores da escola estadual Érico Veríssimo também decidiram participar da paralisação nacional do Cpers. Ainda na manhã da quarta a posição da diretoria era de manter as aulas até o final desta semana. No entanto, em reunião com os professores por volta das 10 horas, o posicionamento foi modificado.

Pela tarde apenas os alunos do sexto ano terão aulas. Já na parte da manhã os alunos do oitavo ano serão os únicos a terem aulas normalmente.

Paralisação no Estado chega a 51%

Conforme a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) divulgou no final da tarde desta quarta-feira, a porcentagem das escolas que aderiram aos três dias de paralisação do magistério em defesa do pagamento do piso nacional chega a 51%. Das 2.572 escolas da rede estadual de ensino, 27% paralisaram totalmente as atividades e 24% parcialmente.

Já o sindicato dos professores e trabalhadores em educação do estado (Cpers-Sindicato) estima que de 80% a 90% das escolas das redes estaduais e municipais aderiram ao protesto.

Em nota, a Seduc afirmou que respeita o direito de paralisação dos trabalhadores, mas pede que seja feito o “fiel registro da realidade da escola quanto à efetividade de cada professor e funcionário”. A secretaria afirma ainda que toda a carga horária de aulas perdidas com a paralisação deverão ser recuperadas, integralmente.

Entenda a polêmica 

Em assembléia realizada no dia 2 de março, o Cpers rejeitou a proposta de 76,68% de reajuste até novembro de 2014 feita pelo Governo do estado. A categoria decidiu exigir o pagamento integral do piso nacional do magistério ainda em 2012. O valor, fixado pelo Ministério da Educação, é de R$ 1.451,00. A contraproposta dos professores exige reajustes de 22,41% em maio, agosto e novembro deste ano.

O Piratini descarta a possibilidade de conceder o reajuste solicitado pelo Cpers, alegando que chegou ao limite orçamentário. Além disso, o governo de Tarso Genro contesta o valor do piso nacional corrigido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Para o Piratini, o reajuste deveria ser definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O calendário do Governo prevê um piso R$ 1.260,00 para o magistério até 2014.