Funcionários do transporte público de Porto Alegre cruzaram os braços no começo da manhã desta segunda-feira (27). A paralisação afeta cerca de 1 milhão de usuários da Capital e apenas 30% da frota está rodando. A greve não atinge os veículos que atendem Alvorada e a Região Metropolitana que seguem cumprindo suas tabelas normalmente.
No começo da manhã, 421 dos 436 ônibus previstos pela categoria para estarem funcionando estavam nas ruas. O normal seria que houvesse 1.453 coletivos atendendo a população. O acordo entre grevistas e Empresa Pública de Transporte Coletivo (EPTC) de Porto Alegre é que haja circulação de 30% da frota sem paralisações ou operação tartaruga.
O presidente da empresa, Vanderlei Capellari, cobrou uma solução das empresas de ônibus para paralisação dos rodoviários. Segundo Capellari, o funcionamento de 30% da frota é insuficiente e não atinge às necessidades da população.
A EPTC apresentou relatório ao Ministério Público (MP), em reunião marcada para as 10h, pedindo o aumento do número de ônibus nas ruas.
“Estamos avaliando e o nosso relatório enviado ao MP vai dizer que (a frota) não atendeu à necessidade da população de Porto Alegre. Apesar de concentrar a operação nos grandes eixos, assim mesmo a quantidade de pessoas desatendidas é grande. Vamos ter uma reunião e tomaremos decisões. As empresas têm que resolver a situação e colocar a normalidade no transporte. Isso independe a decisão da prefeitura em relação à tarifa no processo de negociação com as empresa. Elas têm que concluir o processo para que o transporte volte à normalidade”, declarou à Rádio Guaíba.
As alternativas, encontradas pela empresa, foi possibilitar que as lotações transportassem passageiros a pé e solicitar que a frota de taxi fosse colocada à disposição. Mas de acordo como Capelleri, essas medidas também são insifucientes.
“Temos que trabalhar para que o dissídio coletivo se conclua e o transporte volte ao normal. Nesse momento estaríamos com 1.500 ônibus em operação e estamos com menos de 400. Essa é a diferença da situação normal para o que está acontecendo. Tem que evoluir para que a gente possa realmente atender ao transporte coletivo, que é um serviço essencial que deve ser mantido à população”, concluiu Capellari.
Confira os eixos que serão atendidos:
Carris (100 veículos)
Linhas que vão circular: T1; T2, T2A; T3; T4; T5; T6; T7; T8; T9; T11; 343 – Campus Ipiranga
Avenidas que vão atender: como são linhas transversais, atenderão a diversas vias das zonas Leste, Norte e Sul.
Conorte (116 veículos)
Linhas que vão circular: 662 – Rubem Berta; 661 – Jardim Leopoldina; 656 – Passo das Pedras; 637 – Chácara das Pedras; 704 – Humaitá; 718 – Ilha da Pintada; 631 – Parque dos Maias; 621 – Nova Gleba; 613 – Elisabeth; TR62 – Troncal Baltazar; 520 – Triângulo/24 de Outubro; 624 – São Borja; 632 – Fátima; B51 – Parque/Postão
Avenidas que vão atender: Assis Brasil, Baltazar de Oliveira Garcia, Manoel Elias, Aj Renner, Ilhas, Plínio Brasil Milano, Cristovão Colombo, Benjamin Constant, Farrapos
Unibus (95 veículos)
Linhas que vão circular: 398 – Pinheiro; 398.2 – Pinheiro/Azenha; 441 – Antônio de Carvalho; 341 – Bento/ Antônio de Carvalho; 491 – Passo Dorneles/Safira; 494 – Rubem Berta/Protásio;
Avenidas que vão atender: Bento Gonçalves, Protásio Alves, Antônio de Carvalho e João de Oliveira Remião, João Pessoa, Azenha
STS (125 veículos)
Linhas que vão circular: 165 – Cohab; 171 – Ponta Grossa; 173 – Camaquã; 184 – Juca Batista; 188 – Assunção; 209 – Restinga; 210 – Restinga Nova; 211 – Restinga Velha; 267 – Lami; 268 – Belém Novo; 314.1 – Restinga/Puc/3ª Perimetral; 260 – Belém Velho/Oscar Pereira; 284.3 – Belém Velho/Rincão/Azenha; 289 – Rincão/Oscar Pereira
Avenidas que vão atender: Edgar Pires de Castro, Juca Batista, Serraria; Cavalhada, Cel. Marcos, Wenceslau Escobar, Oscar Pereira, Borges de Medeiros, João Pessoa, Azenha
Fonte: O Alvoradense / com informações do Correio do Povo