Alerta de guerra civil é compartilhado através de áudio no WhatsApp

Apesar de não ter confirmação de nenhuma das informações, algumas pessoas se assustaram

Uma suposta guerra civil estaria prestes a estourar no Brasil, segundo uma gravação de áudio que vem sendo compartilhada via WhatsApp e Facebook. O alerta é dado por um homem que se diz fazer parte do exército e ter informações privilegiadas. Com duração de pouco mais de dois minutos, ele dá instruções para população, como a de estocar comida e combustível, já que frentes esquerdistas se confrontarão com as de direita no dia 15 de março (data em que está marcada a manifestação pedindo impeachment da presidente Dilma). No mesmo momento, boatos de que já teriam 20 mil armados na Amazônia, prontos para guerra, começaram a ser difundidos.

Entretanto, o próprio Exército Brasileiro já desmentiu tais informações – deixando claro que não tem qualquer envolvimento com estas notícias. Além disso, não há nenhuma comprovação sobre os pontos trazidos por estes virais. Até o momento, nada do que tem sido espalhado é verossímil. Os boatos não se confirmam.

Não é a primeira vez que circulam falácias pelas redes sociais. O mesmo áudio do suposto integrante do exército já foi feito por outras duas pessoas, os quais são igualmente difíceis de conferir qualquer veracidade nas informações repassadas. Também foi difundido que o governo irá recolher todo dinheiro da poupança da população brasileira (em um modelo semelhante ao que foi feito na década de 90, no Plano Collor). Em 2014, um documento – dito oficial – confirmava o plano de um novo golpe militar em breve. E nada aconteceu.

De fato, no próximo domingo (15) ocorrerá a manifestação pró-impeachment por todo Brasil. Não há golpe militar sendo formado, tampouco o Estado pegará dinheiro da poupança dos brasileiros. Quem assumiria, no caso de Dilma ser tirada do poder, seria o imediato Michel Temer, do PMDB, atual vice-presidente da República. Porém, cientistas políticos garantem que as chances disto ocorrer efetivamente são mínimas no atual quadro nacional.

Fonte: O Alvoradense