Artigo: Vídeo Games e a violência

Sempre achei o vídeo game uma das coisas mais interessantes já criadas pelo homem. Tenho um e sou realmente viciado nos jogos. É uma coisa que acalma e diverte nos fazendo esquecer os problemas pessoais, focando-nos na missão que devemos fazer ou o utilizamos apenas com o intuito de desopilarmos.

No início, as primeiras plataformas não tinham tantos jogos, e os jogos que havia eram muito inocentes. Um pouco mais tarde ainda, nessas plataformas, surgiram jogos com um gráfico melhor e, dessa vez, apresentando armas.

Jogos assim acabaram gerando polêmica. Tenho certeza que as mães de alguns não os deixaram jogar por pensar que poderiam imitar o que viam nos jogos. Até hoje isso acontece. Conforme os anos foram passando, surgiu o PlayStation 1, com uma disponibilidade melhor de gráficos, mudando a mídia em que era jogada. Agora era com CDs, onde os jogos foram ganhando uma história mais desenvolvida e trabalhada, através de diálogos dublados e violência mais explícita. Com a chegada do PlayStation 2 e XBOX, a polêmica sobre jogos que envolvia violência ficou maior. Processos acusando as empresas de criarem jogos que influenciariam as crianças a agir de forma violenta foram aumentando.

Empresas como Rockstar e Ubisoft foram criando jogos cada vez mais violentos e realistas. Jogos como Grand Theft Auto (nome que carrega grandes processos ao longo de sua franquia), Assassin’s Creed (jogo que foi recentemente atacado pelo apresentador Marcelo Resende, acusando o jogo Assassin’s Creed – Brotherhood de influenciar o menino Marcelo Pesseghini a assassinar a família), entre outros.

Os jogos atualmente têm histórias e você pode aprender com eles, como, por exemplo, sobre a época das Cruzadas, o período Renascentista, a Revolução Americana, a Era de Ouro da Pirataria, os grandes nomes da arte como Leonardo da Vinci, Nicolau Maquiavel, sobre a Ordem Templária e a Ordem dos Assassinos, tudo isso jogando ou lendo a saga Assassin’s Creed. Existem outras sagas que também ensinam história de uma maneira divertida, lúdica.

O fato é que o que deixa uma criança violenta não é o jogo que ela joga, o livro que ela lê ou o filme que ela assiste, o que influencia uma criança a futuramente bater, matar ou roubar, é o ambiente no qual ela vive, acredito. Criança que vive no meio do tráfico, prostituição e assassinatos, provavelmente vai crescer e virar bandido. Talvez nem consiga se tornar um adulto. A raiva que uma criança pode criar por viver sempre na miséria e ver seus parentes e amigos morrendo pelas drogas, sendo assassinados, com certeza a levará a algum caminho… Mas uma criança que tem uma boa educação dos seus pais e que aprende a diferenciar o que é certo do que é errado, provavelmente não terá problema que a impeça de jogar, ler ou ver algo que demonstre “certa violência”. Ela saberá que aquilo não é o certo a fazer.